Internacionalização da Ciência Brasileira: subsídios para avaliação do programa Ciência sem Fronteiras

Autores

  • Guilherme de Rosso Manços Universidade de São paulo
  • Fernando de Souza Coelho Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2525-5584.2017v2n2.37056

Palavras-chave:

Ciência sem Fronteiras, avaliação, internacionalização, cooperação científica

Resumo

O programa Ciência sem Fronteiras (CsF) concedeu, entre 2011-2016, bolsas a 106 mil estudantes e pesquisadores brasileiros para realizarem intercâmbio acadêmico em 47 países e buscou atrair pesquisadores do exterior para se fixarem no Brasil ou para estabelecerem parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas pelo programa. Neste contexto, este artigo objetiva oferecer alguns subsídios para a avaliação do CsF, especialmente a partir de um compêndio sobre o histórico, justificativa e resultados de implementação do programa; um levantamento e análise de dados que mostram evidências de correlação positiva entre os investimentos em bolsas de mobilidade acadêmica internacional e os níveis de colaboração científica internacional; bem como questionamentos e sugestões para novas pesquisas em torno do tema de colaboração científica internacional. Foram encontrados indícios de que o programa foi capaz de estimular a colaboração internacional entre pesquisadores. Ressalta-se também o entendimento de que o CsF foi positivo no sentido de aumentar a visibilidade internacional da educação superior brasileira e inseriu as universidades e outras instituições brasileiras em programas de cooperação internacional no âmbito da pesquisa. Neste sentido, recomenda-se que o Brasil deve envidar esforços para manter uma política pública de internacionalização e mobilidade acadêmica internacional, aperfeiçoando – naturalmente – o CsF com base na avaliação do programa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Guilherme de Rosso Manços, Universidade de São paulo

Escola de Artes, Ciências e Humanidades

Fernando de Souza Coelho, Universidade de São Paulo

Escola de Artes, Ciências e Humanidades

Referências

Altbach, P. G., & Knight, J. (2007). The Internationalization of Higher Education: Motivations and Realities. Journal of Studies in International Education, v. 11, n. 3–4, p. 290–305.

Almeida, P. H. (2017). O compartilhamento do conhecimento entre pesquisadores nacionais e internacionais do Programa Ciência sem Fronteiras. Curitiba: Universidade Federal do Paraná.

Archanjo, R. (2015). Globalização e Multilingualismo no Brasil Competência Linguística e o Programa Ciência Sem Fronteiras. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 15, n. 3, p. 621–656.

Archanjo, R. (2016). Saberes sem Fronteiras: Políticas para as migrações Pós-modernas. DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada, v. 32, n. 2, p. 515–541.

Aveiro, T. M. M. (2014). O programa Ciência sem Fronteiras como ferramenta de acesso à mobilidade internacional. Tear: Revista de Educação, Ciência e Tecnologia, v. 3, n. 2.

Bido, M. C. F. (2015). Will science without borders program bring relevant changes for brazilian curriculum? ECCS, p. 382–393.

Borges, R. A.; & Garcia-Filice, R. C. (2016). A língua inglesa no Programa Ciência sem Fronteiras : paradoxos na política de internacionalização. Interfaces Brasil/Canadá, v. 16, n. 1, p. 72–101.

Brasil (2010). Ministério Da Educação. Censo da Educação Superior. Brasília: MEC.

Brasil (2012). Ministério Da Ciência Tecnologia e Inovação. Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2012 - 2015. Brasília: MCTI.

Brasil (2016). Painel de Controle do Programa Ciência sem Fronteiras. Disponível em: .

Senado Federal do Brasil. (2015). Relatório de avaliação do programa ciência sem fronteiras.

Castro, C. M. et al. (2012). Cem mil bolsistas no exterior. Interesse nacional, p. 25–36.

Chaves, G. M. N. (2015). As bolsas de graduação-sanduíche do programa Ciência sem Fronteiras: uma análise de suas implicações educacionais. Brasília: Universidade Católica de Brasília.

Conceição, O. C.; & França, M. T. A. (2016). O Programa Ciência Sem Fronteiras Contribui Na Formação Dos Estudantes? Uma Análise a Partir Do Enade 2013. p. 1–19.

Coughlin, C. G. et al. (2015). Meta-Analysis: Reduced Risk of Anxiety with Psychostimulant Treatment in Children with Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder. Journal of Child and Adolescent Psychopharmacology, v. 25, n. 8, p. 611–617.

Decreto no 7.642, de 13 de dezembro de 2011. Institui o Programa Ciência sem Fronteiras. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7642.htm.

Dorigon, T. (2015). O Programa Idiomas sem Fronteiras Analisado a partir do Ciclo de Políticas. Brazilian English Language Teaching Journal. December, pp. 4–20.

Dutra, R. C. De A.; & Azevedo, L. F. (2016). Programa “Ciência sem Fronteiras”: geopolítica do conhecimento e o projetos de desenvolvimento brasileiro. Ciência Sociais Unisinos, v. 52, n. 2, p. 234–243.

Ferracioli-Oda, E. et al. (2013). Meta-Analysis: Melatonin for the Treatment of Primary Sleep Disorders. PloS ONE, v. 8, n. 5, p. 6–11.

Gardner, E. (2011). Brazil promises 75,000 scholarships in science and technology. Nature.

Gil, A. C. (1987). Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas.

Glänzel, W., & Schubert, A. (2004). Analysing Scientific Networks through Co-Authorship. Dordrecht: Springer Netherlands. p. 257–276.

Grieco, J. A. (2015). Fostering Cross-Border Learning and Engagement Through Study Abroad Scholarships: Lessons From Brazil’S Science Without Borders Program. University of Toronto.

Guimarães-Iosif, R. (2016). Programa Ciência sem Fronteiras: a tradução da política de internacionalização brasileira no Canadá. Canoas: Interface Brazil/Canadá, p. 16-39.

Jibeen, T.; & Khan, M. A. (2015). Internationalization of Higher Education : Potential Benefits and Costs. v. 4, n. 4, p. 196–199.

Knight, J. (1994). Internationalization: Elements and Checkpoints. Ottawa: Canadian Bureau for International Education.

Lucchesi, M. A. S., & Malanga, E. B. (2014). A Internacionalização da Educação Superior: uma análise do programa Ciência sem Fronteiras no Brasil, caminhos e desafios. Revista Internacional de Ciencias Sociales Interdisciplinares, v. 3, n. 1, p. 87–101.

Martins, A.; & Reis, E. C. (2015). Internacionalização na UFSC: Análise do Programa Inglês Sem Fronteiras e do Curso Extracurricular de Inglês. Mar del Plata: XV Colóquio Internacional de Gestão Universitária (CIGU).

Mayergoyz, I. D. (2003). Mathematical Models of Hysteresis and their Applications. 2nd. ed. Nova York: Academic Press.

Mcmanus, C.; & Nobre, C. A. (2017). Brazilian Scientific Mobility Programa - Science without Borders - Preliminary Results and Perspectives. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 89, n. 1, p. 773-786.

Oliveira, E. M. (2015). Problemas nas “fronteiras” - um caso para ensino sobre o programa Ciência sem Fronteiras. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas.

Oliveira, J. S. (2015). A Internacionalização da Educação Superior nas Relações Internacionais do Brasil: O Caso do Programa Ciência sem Fronteiras. Brasília: Universidade de Brasília.

Oliveira, L. C. (2016). Saberes com Fronteiras: elucidando alguns aspectos do programa Ciência sem Fronteiras nas Licenciaturas em Ciências Exatas e da Terra da Região Sudeste. Caraguatatuba: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo.

Pinto, P. N. C. (2017). Internacionalização da Educação Superior: um estudo sobre o Programa Ciência sem Fronteiras no IFPB. Dissertação de Mestrado Profissional do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas, Gestão e Avaliação da Educação Superior. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba.

Rede CsF. (2015). Universidade Presente - um guia para acompanhar o aluno no exterior. Belo Horizonte: Rede CsF.

Santos, F. (2014). CAPES e CNPq apresentam avaliação preliminar do Ciência sem Fronteiras. Disponível em: <http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/views/-/journal_content/56_INSTANCE_VF2v/214072/5100172>.

Santos, F. M. T. (2014). Teacher training in Brazil: the challenges of international partnerships. Revista Brasileira de Pós-Graduação, v. 11, n. 26, p. 1001–1025, 2014.

Scopus (2017). H Index - Country Ranking. Scimago Lab. Disponível em: <http://www.scimagojr.com/countryrank.php>.

Secchi, L. (2016). Análise de Políticas Públicas: diagnóstico de problemas, recomendações de soluções. São Paulo: Ed. Cengage Learning.

Shannon, T. A, Jr. (2012). Avanço Estratégico do Brasil. Americas Quaterly.

Soares, M. S. (2014). As contradições do ensino de língua estrangeira no brasil reveladas pelo programa Ciência sem Fronteiras. Universidade Estadual de Maringá, Maringá.

Thiengo, L. C.; & Mari, C. L. (2014). O Ciência sem Fronteiras: sobre o lugar e a função do conhecimento no ensino superior brasileiro. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, v. 6, n. 1, p. 122–133.

Thomsom Reuters. (2017). InCitesTM. Disponível em: .

Wit, H. D. (1998). Changing rationales for the internationalization of higher education. International Higher Education, v. 15, n. 3, p. 2–3.

World Bank. 2016. World Development Indicators: Science and Technology. Disponível em: <http://wdi.worldbank.org/table/5.13#>.

World Intellectual Property Organization (WIPO). (2017). Statistical Country Profiles. Intellectual Property Statistics. Disponível em: <http://www.wipo.int/ipstats/en/statistics/country_profile/>.

Downloads

Publicado

2017-12-22