Negofeminismo: Teorizar, Praticar e Abrir o Caminho da África

Autores

  • Obioma G. Nnaemeka

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8214.2019v27n1.46698

Resumo

O presente artigo irá explorar, entre outras questões, o entrelaçamento do momento colonial, das políticas de trabalho de campo, e as políticas de representação nos estudos feministas e nos estudos de desenvolvimento, revisando os processos de elaboração teórica e a construção de conhecimento em um ambiente de relações de poder desiguais e a diferença cultural. Os diferentes aspectos e métodos de engajamento feminista na África serão utilizados para propor o que eu chamo de negofeminismo (o feminismo da negociação; não ego feminismo) como um termo que nomeia os feminismos africanos. Ciente de uma prática (feminismo na África) que é tão diversa quanto o continente mesmo, proponho negofeminismo não para ocluir a diversidade, mas para argumentar que um aspecto recorrente em muitas culturas africanas pode ser usado para nomear a prática. Para além disso, por meio de uma breve discussão do início de um programa de estudos femininos na África, irei abordar questões de fronteiras disciplinares, pedagogia, e construção institucional em uma atmosfera de intensas atividades de ONGs limitadas e estruturadas por interesses de doadores, condicionalidades e políticas. Ademais, irei advogar em favor do questionamento e do reposicionamento de duas questões cruciais nos estudos feministas – posicionalidade e interseccionalidade. Por fim, vislumbro também uma mudança modulada no foco da interseccionalidade de raça, gênero, classe, etnicidade, sexualidade, religião, cultura, origem nacional, e assim por diante, de considerações ontológicas (estando lá) para imperativos funcionais (fazendo o que lá) e pretendo endereçar questões importantes de igualdade e reciprocidade na intersecção e no cruzamento de fronteira.

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Publicado

2019-07-11

Como Citar

NNAEMEKA, O. G. Negofeminismo: Teorizar, Praticar e Abrir o Caminho da África. Revista Ártemis, [S. l.], v. 27, n. 1, p. 33–62, 2019. DOI: 10.22478/ufpb.1807-8214.2019v27n1.46698. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/artemis/article/view/46698. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Tradução e Feminismos negros