Política e Religião em José Carlos Mariátegui e Antonio Gramsci

Autores

  • Marcus Vinícius Furtado da Silva Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-0476.2017v7n2.35604

Palavras-chave:

Política, Religião, Gramsci, Mariátegui.

Resumo

O presente trabalho visa compreender as relações entre política e religião nas obras do peruano José Carlos Mariátegui, marcadamente seus “Sete ensaios de interpretação da realidade peruana”, escritos em 1928, e do italiano Antonio Gramsci, em seus Quaderni del Carcere, produzidos no início dos anos 1930. Em nossas análises, pretendemos demonstrar como ambos os autores, embora próximos da tradição marxista, se distanciam das reflexões de Marx em torno do fenômeno religioso. Assim, abandonando a perspectiva da religião enquanto forma de autoalienação, Mariátegui e Gramsci, partindo de suas realidades específicas, produzem novas apreciações da questão religiosa, colocando a religiosidade como momento fundamental em seus respectivos projetos políticos. Contudo, essa discussão também pretende marcar um afastamento entre tais projetos. Ao passo que Mariátegui compreende a revolução enquanto um fenômeno essencialmente religioso, Gramsci marca a construção da filosofia da práxis enquanto uma cultura integral e laica. Deste modo, embora aproximem de modo indissociável religião e política, Mariátegui e Gramsci apresentam caminhos distintos para essa relação.

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Biografia do Autor

Marcus Vinícius Furtado da Silva Oliveira

Doutorando em História e a Cultura Política pela Unesp – Franca. Mestre em História e Cultura Política pela UNESP – Franca.

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Publicado

2017-12-11

Edição

Seção

Artigos: Dossiê