(Des)confiança mútua? A política das relações entre a Conferência Nacional Dos Bispos Do Brasil e a Renovação Carismática Católica

Autores

  • Emanuel Freitas da Silva Universidade Estadual do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-0476.2017v7n2.35939

Palavras-chave:

Autoridade, hierarquia, submissão.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo apresentar e compreender a política das relações entre os bispos católicos do Brasil e a organização do movimento de Renovação Carismática. Para tanto, lança mão dos posicionamentos oficiais publicados por meio de documentos de “orientações gerais” da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que só iniciou suas tomadas de posição em 1994, vinte e cinco anos depois de o movimento ter chegado ao país. Inicialmente visto com muita “reserva”, por constituir-se como uma potencial ameaça às autoridades dos bispos diocesanos, o movimento foi sendo tutelado e aconselhado ao abandono de “práticas” sem as quais não poderia dizer-se “carismático”, até conquistar, por meio da estrita fidelidade à Igreja de Roma e à exibição de irrestrita identidade católica, um reconhecimento e liberdade de atuação nas diversas dioceses do país. Assim, por meio de pesquisa documentação, bibliográfica e de algumas entrevistas realizadas com lideranças históricas do movimento, poder-se-á compreender as dubiedades que marcaram as relações entre CNBB e RCC, constituindo-se numa “política” de reiterada desconfiança, reservas, tutela teológica e, nos anos 2010, “total rendição” à ação missionária do movimento.

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Publicado

2017-12-11

Edição

Seção

Artigos: Dossiê