Abraão como protótipo de uma nova existência em Mircea Eliade e a fé como movimento envolvendo o finito e o infinito em Kierkegaard

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-0476.2018v8n1.38802

Palavras-chave:

Kierkegaard, Eliade, Abraão, fé, Jesus Cristo.

Resumo

Detendo-se na disposição de Abraão em sacrificar a Deus o seu filho, Isaque, o artigo assinala que o ato de fé instaura uma nova experiência existencial na medida em que, segundo o referencial teórico de Mircea Eliade, consiste na sobreposição dos gestos arquetípicos do homo religiosus e do movimento que reatualiza a história sagrada e alcança o real e o significativo pela relação absoluta com o Absoluto. Dessa forma, o artigo mostra que, sobrepondo-se à instância do geral, a fé, conforme a leitura teológico-filosófica de Kierkegaard, consiste no paradoxo entre a paixão infinita da interioridade e a incerteza objetiva em um movimento que envolve o recurso ao infinito e implica o regresso ao finito e a sua conquista e encerra uma tensão inaplacável entre existência e transcendência que acena com a necessidade da intrusão do Eterno no temporal através da manifestação do Deus-Homem Jesus Cristo na medida em que é este acontecimento que, de acordo com a perspectiva teológico-bíblica, possibilita a realização de um novo ser e de uma nova existência.

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Biografia do Autor

Luiz Carlos Mariano da Rosa, "Universidade Cândido Mendes (UCAM / RJ)"

Graduado em Filosofia pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais (CEUCLAR - SP) e graduando em Teologia pelo Universidade Estácio de Sá (UNESA - RJ), pós-graduado em Filosofia pela Universidade Gama Filho (UGF - RJ) e pós-graduado em Ciências da Religião pela Universidade Cândido Mendes (UCAM - RJ), Luiz Carlos Mariano da Rosa é professor-pesquisador e filósofo-educador no Espaço Politikón Zôon - Educação, Arte e Cultura, tendo como objeto de interesse a construção do conhecimento e à inter-relação que envolve as formas simbólicas constitutivas da "realidade" humana, além dos princípios capazes de assegurar uma sociedade igualitária e uma ordem política baseada no interesse comum. Lecionando Introdução à Filosofia, História da Filosofia e Teoria do Conhecimento no Laboratório de Estudos Sociais e Políticos Ágora (Espaço Politikón Zôon / EPZ - SP), Luiz Carlos Mariano da Rosa é autor de O Todo Essencial, Universitária Editora, Lisboa, Portugal, Quase Sagrado, Politikón Zôon Publicações, São Paulo, Mito e Filosofia: Do Homo Poeticus, Politikón Zôon Publicações, São Paulo, O Direito de Ser Homem: Da alienação da desigualdade social à autonomia da sociedade igualitária na teoria política de Jean-Jacques Rousseau, Politikón Zôon Publicações, São Paulo, Determinismo e Liberdade: a condição humana entre os muros da escola, Politikón Zôon Publicações, São Paulo, O Direito de Ser Homem: Liberdade e Igualdade em Rousseau, Novas Edições Acadêmicas, Saarbrücken, Alemanha, e, entre outras obras, Hobbes, Locke e Rousseau: Do direito natural burguês e a instituição da soberania estatal à vontade geral e o exercício da soberania popular, Politikón Zôon Publicações, São Paulo, trazendo em seu currículo acadêmico diversos artigos científicos publicados pelas revistas especializadas nas áreas de Educação, Teoria do Conhecimento, Ciências da Religião e Filosofia Política.

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Publicado

2018-06-30

Edição

Seção

Artigos: Temática Livre