CAMPUS RIO VERDE DO INSTITUTO FEDERAL GOIANO: MEIO SÉCULO DE ENSINO PROFISSIONAL AGRÁRIO NO SUDOESTE DE GOIÁS

Autores

  • Adaildes Bispo Dourado Universidade Federal de Goiás - Regional Jataí
  • Lúcia Helena de Medeiros Moreira Oliveira Universidade Federal de Uberlândia

Resumo

RESUMO: O presente texto resulta de uma análise sócio-histórica dos cinquenta anos do Campus Rio Verde do Instituto Federal Goiano, que oferece educação profissional voltada ao setor agrário desde a década de 60. Embora a reflexão permeie toda a existência da instituição, o relevo da análise está entre meados dos anos 1990 e final dos anos 2000, intervalo que compreende importantes modificações na oferta de ensino técnico de nível médio nas escolas de ensino profissional no âmbito federal e o período de criação de cursos de graduação e pós-graduação nessas mesmas instituições, que chegam com a expansão da Rede de Educação Profissional, Cientifica e Tecnológica, da qual fazem parte os Institutos Federais.  A análise tem como pano de fundo a vocação econômica do município de Rio Verde, predominantemente voltada para o setor agropecuário. Desse modo, buscou-se compreender e analisar a intencionalidade das políticas públicas para o ensino profissional, buscando compreender o modelo, agora vigente. Documentos de criação de cursos, diretrizes curriculares, leis e decretos que regulamentam as políticas educacionais para o ensino profissional, documentos editados por organismos estrangeiros que tratam das políticas educacionais e dados econômicos da região abstraídos dos arquivos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) compõem as fontes analisadas. Esses elementos articulados entre si e fundamentados por teóricos que discutem a educação profissional no Brasil levam a constatação de que, mesmo apresentando alguns avanços, a nova institucionalidade ainda persiste na histórica dualidade estrutural da educação profissional, que separa a formação de trabalhadores técnicos e formação de intelectuais.

 

PALAVRAS-CHAVE: educação profissional; Institutos Federais, políticas públicas

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adaildes Bispo Dourado, Universidade Federal de Goiás - Regional Jataí

Mestranda em Programa de Pós-Graduação em Educação.

Lúcia Helena de Medeiros Moreira Oliveira, Universidade Federal de Uberlândia

Docente da Universidade Federal de Uberlândia/ Faculdade de Ciencias Integradas do Pontal. Coordenadora do PIBID/Pedagogia, Área Alfabetização I. Membro do Nufope - Formação de Professores e Práticas Educativas e membro do GEPPOPE Grupo de Estudos e Pesquisas em Politicas Publicas Educacionais . Professora colaboradora e orientadora no Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal de Goiás/Jatai, na Linha de pesquisa Políticas Educacionais, Gestão e Formação de Professores Educação Formação do Professor; Políticas de Formação de Professores; Avaliação; Políticas de Avaliação da Educação; Políticas Públicas da Educação Básica; Educação Democrática.

Referências

BRASIL, Decreto nº 2.208, de 17 de abril de 1997. Regulamenta o § 2 º do art. 36 e os arts. 39 a 42 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: 17 de abril de 1997. Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2208.htm. Acesso 28.04.2017.

BRASIL, Decreto-Lei 7.566 de 23 de setembro de 1909. Cria nas capitais dos Estados da República das Escolas de Aprendizes Artífices, para o ensino profissional primário e gratuito. Diário Oficial (da) República Federativa do Brasil. Poder Executivo, Rio de Janeiro, DF, Seção 1, p. 6975, 26 set. de 1909.

BRASIL, Decreto-Lei nº 62.178, de 25 de fevereiro de 1968. Provê sobre a transferência de estabelecimentos de ensino agrícola para Universidades e dá outras providências. Diário Oficial (da) República Federativa do Brasil, DF, 1968.

BRASIL, Lei nº 5.692 de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1º e 2º graus, e dá outras providências. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-1979/lei-5692-11-agosto-1971-357752-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso 28/02/2017.

BRASIL, Lei n. 11.892/08 de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Brasília, 2008.

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. “Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para ao século XXI” – 4 ed. – São Paulo: Cortez; Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2000.

FRIGOTTO, G. Cidadania e formação técnico-profissional: desafios neste fim de século. In: HERON, L. da S.; AZEVEDO, J.C. de; SANTOS, E. S. dos (Orgs). Novos Mapas Culturais Novas Perspectivas Educacionais. Porto Alegre: Editora Sulina, 1997.

IBGE, Censo 2010, disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/rio-verde/panorama. Acesso em: 16 de janeiro de 2018.

IBGE, Produção Agrícola Municipal 2014. Rio de Janeiro: IBGE, 2015.

KUENZER, A.Z. Pedagogia da Fábrica: as relações de produção e a educação do trabalhador. 3. Ed. São Paulo: Cortez, 1989.

LEÃO, Jeanne Mesquita de Paula, Colégio Agrícola de Rio Verde: o processo de consolidação da educação profissional agrícola no sudoeste goiano (1967-1979). (Dissertação de Mestrado) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia-MG, 2015.

LIMA, Filadelfo Borges de. Síntese dos prefeitos rio-verdenses de Martins Borges a Nelci Spadoni. Rio Verde – GO: IAM: 2000.

MOURA, Dante. Educação básica e educação profissional e tecnológica: dualidade histórica e perspectivas de integração. Holos, Ano 23, Vol. 2, 2007.

RIO VERDE, Matriz Curricular Agronomia, 2010. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Rio Verde. Disponível em: https://www.ifgoiano.edu.br/home/images/RV/CURSOS_SUPERIORES/AGRONOMIA/Matriz_Agronomia_2010-20130828.pdf. Acesso: 09/10/2017.

RIO VERDE, Matriz Curricular Curso Técnico em Agropecuária, 2015-1. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Rio Verde. Disponível em: https://www.ifgoiano.edu.br/home/images/RV/Cursos_Tecnicos/Agropecuaria/Matriz_Curricular_Tecnico_em_Agropecuaria_2015.1.pdf. Acesso: 09/10/2017

RIO VERDE, Matriz Curricular Zootecnia, 2017. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Rio Verde. Disponível em: https://www.ifgoiano.edu.br/home/images/RV/2017/janeiro/matriz.pdf. Acesso: 09/10/2017.

RIO VERDE, Projeto Pedagógico do Curso de Agronomia (PPC). Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus Rio Verde. Rio Verde, 2010. Disponível em: https://www.ifgoiano.edu.br/home/images/RV/CURSOS_SUPERIORES_AGRONOMIA/PPC_Agronomia_2010_13-12-2012.pdf. Acesso: 09/10/2017.

RIO VERDE, Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Zootecnia (PPC), 2016. Instituto Federal Goiano – Campus Rio Verde. Disponível em: https://www.ifgoiano.edu.br/home/images/RV/2017/janeiro/PPC-Zootecnia-2017.pdf. Acesso: 09/10/2017.

RIO VERDE, Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Agropecuária (PPC), 2014. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Rio Verde. Disponível em: https://www.ifgoiano.edu.br/home/images/RV/Doc_cursos/ppc_agropecuaria.pdf. Acesso em: 09/10/2017.

UNESCO. Conferência Mundial de Educação para Todos. Declaração mundial sobre educação para todos e Plano de ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem. Jomtien, Tailândia: março de 1990. Disponível em:<http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000862/086291por.pdf>. Acesso em 16 de julho de 2016.

Downloads

Publicado

2018-04-25

Como Citar

DOURADO, A. B.; OLIVEIRA, L. H. de M. M. CAMPUS RIO VERDE DO INSTITUTO FEDERAL GOIANO: MEIO SÉCULO DE ENSINO PROFISSIONAL AGRÁRIO NO SUDOESTE DE GOIÁS. Revista Educare (Online), [S. l.], v. 2, n. 1, p. 73–87, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/educare/article/view/37996. Acesso em: 23 abr. 2024.

Edição

Seção

História das instituições e práticas educativas