O discurso iluminista da exclusão digital: crítica do Mundaneum Informático Pós-Fordista de Knoxville, Tenessee

Autores

  • Cristian Berrio-Zapata UNESP Marília
  • Marta Lígia Pomim Valentim UNESP Marília
  • Ricardo César Gonçalves Santana UNESP Tupã
  • Iván Darío Hernández Humaña Universidad Nacional de Colombia

Palavras-chave:

Exclusão Digital. Brecha Digital. Sociedade da Informação. Discurso.

Resumo

Discute o projeto da Sociedade da Informação e os discursos que se alicerçam nele, como parte de uma concepção política e ideológica universalizada pelos países que criaram e dominam a tecnologia informática que, por sua vez, está alinhada à ordem industrial capitalista Pós-Fordista, assim como à ênfase na acumulação econômica e o consumismo comercial. Explica-se como a tecnologia da informação cria rotinas e legitima ordens sociais, analisando como durante o mandato de Bill Clinton nos EUA, o discurso da sociedade informatizada conotou sua associação com o desenvolvimento e o bem estar social. Esta associação é revelada no discurso feito por Clinton na cidade de Knoxville no ano 1996. Ali é semeada a preocupação sobre a Brecha Digital como uma nova forma de “doença social” que impede a passagem para um mundo melhor, centrado na produtividade, a acumulação e o consumo em sociedades informacionalmente densas. Surge um choque entre o mundo grafocêntrico- industrial e as comunidades orais pré-industriais por conta da tentativa de transplantar as formas institucionais do ocidente desenvolvido. Os pilares da nova ordem mundial informatizada são explanados assim como eles substituem as narrativas épicas anteriores, gerando discursos tecno-deterministas ou tecno-fóbicos em prejuízo de abordagens críticos. No final, se identificam os efeitos dos discursos deterministas que conotam a associação entre a Sociedade da Informação, bem estar e desenvolvimento, questionando a urgência de implantar este regime a nível global sem que exista uma discussão critica profunda, alvos claros centrados no beneficio do ser humano e a participação aberta dos usuários do sistema.

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Biografia do Autor

Cristian Berrio-Zapata, UNESP Marília

Doutorando em Ciência da Informação, Universidade Estadual Paulista UNESP Marília, Brasil. Bolsista do programa PEDEX-AUIP da UNESP.

Marta Lígia Pomim Valentim, UNESP Marília

Doutora em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Brasil. Professora Livre-docente da Universidade Estadual Paulista UNESP Marília, Brasil.

Ricardo César Gonçalves Santana, UNESP Tupã

Doutor em Ciência da Informação pela UNESP Marília, Brasil. Professor assistente da Universidade Estadual Paulista UNESP Tupã, Brasil.

Iván Darío Hernández Humaña, Universidad Nacional de Colombia

Doutor em Economia na University of Manchester, Estados Unidos. Professor associado da Universidad Nacional de Colômbia, Colômbia.

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Publicado

2015-02-23

Como Citar

Berrio-Zapata, C., Valentim, M. L. P., Santana, R. C. G., & Humaña, I. D. H. (2015). O discurso iluminista da exclusão digital: crítica do Mundaneum Informático Pós-Fordista de Knoxville, Tenessee. Informação &Amp; Sociedade, 25(1), 100. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/article/view/085

Edição

Seção

Relatos de Pesquisa