Autismo em ação: reflexões etnográficas, sem aprovação de comitês de ética sobre a clínica e o cuidado de crianças autistas

Autores

  • Leonardo Carbonieri Campoy Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo

Para a biomedicina, o autismo pode ser mitigado com estimulações que, intensa e diariamente realizadas, promovem o desenvolvimento do diagnosticado. Como esse cuidado é feito na prática? A pergunta norteia minha exploração etnográfica dos significados de estimulação e desenvolvimento no autismo. No artigo, aponto para o modo como o autismo afeta os sujeitos implicados, indico como se maneja cotidianamente os sintomas da patologia e, em um segundo movimento, abordo a centralidade da família no cuidado, já que são elas que precisam transformar o cotidiano das crianças em processos constantes de estímulo. O cuidado familiar se realiza em meio à tensão de, por um lado, doar-se pela criança e, de outro, a possibilidade de que seus esforços sejam em vão, uma vez que, segundo a biomedicina, o autismo não pode ser curado. Arremato o texto tratando de como as famílias vivenciam essa tensão enquanto se esforçam pelo bem-estar de suas crianças.

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Publicado

30.06.2015

Como Citar

Campoy, L. C. (2015). Autismo em ação: reflexões etnográficas, sem aprovação de comitês de ética sobre a clínica e o cuidado de crianças autistas. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, 1(42). Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/22803

Edição

Seção

Nº 42 - DOSSIÊ ANTROPOLOGIA DAS DOENÇAS DE LONGA DURAÇÃO