Vontade de Poder Versus Normatividade: o Que o Nazismo nos Ensina?

Autores

  • Rosivaldo Toscano dos Santos Júnior
  • Lenio Luiz Streck UNISINOS

Resumo

O ativismo judicial ganhou ampla simpatia de setores populares e também entre os atores jurídicos. Tal se explica pela histórica baixa confiança nas instituições estatais e pelo reposicionamento do Judiciário no Pós-Guerra, dentro da ideia de Estado Democrático de Direito, em que a função jurisdicional assume a tarefa de concretizar uma Constituição transformadora. Ocorre que o desapego à normativi¬dade e a aposta na vontade do juiz, dentro de uma conjuntura historicamente mar¬cada pelo autoritarismo, gera riscos. O exemplo do Judiciário nazista serve de alerta às consequências de se apostar na vontade dentro de uma conjuntura de poder. Da autoridade ao autoritário é só um pequeno passo para o juiz, mas um grande abis¬mo para a constitucionalidade. A salvaguarda contra os riscos do ativismo judicial reside no atrelamento à normatividade; aos textos que, na atribuição de sentidos autêntica, dentro de uma tradição, revela a norma do caso concreto.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rosivaldo Toscano dos Santos Júnior

Doutorando em Ciências Jurídicas pela UFPB. Mestre em direito pela UNISINOS. Professor da Escola da Magistratura do Rio Grande do Norte – ESMARN e Juiz de Direito em Natal, RN, Brasil.

Lenio Luiz Streck, UNISINOS

Pós-doutor em direito. Professor dos cursos de Mestrado e Doutorado da UNISINOS, São Leopoldo, RS, Brasil.Ex-Procurador de Justiça, Advogado.

Downloads

Publicado

2015-12-23

Como Citar

SANTOS JÚNIOR, R. T. dos; STRECK, L. L. Vontade de Poder Versus Normatividade: o Que o Nazismo nos Ensina?. Prim Facie, [S. l.], v. 13, n. 24, p. 01–33, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/primafacie/article/view/27102. Acesso em: 19 abr. 2024.