A escrita como condição da filosofia no pensamento de Derrida

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DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.v12i2.72896

Palavras-chave:

Escrita, Différance, Derrida, Condições da filosofia

Resumo

Em uma de suas obras mais famosas, A Farmácia de Platão, Derrida delineia questões cruciais sobre a escrita, que é analisada a partir de uma leitura dos diálogos de Platão, principalmente o Fedro. A escrita aqui é revisitada através do conceito de phármakon, entendida no interior de sua própria ambiguidade, sendo, ao mesmo tempo, veneno e cura para a memória, para o desenvolvimento da comunicação e do conhecimento humano. Se por um lado, as críticas às ambiguidades da escrita ao longo da história mostram, de acordo com Derrida, certa centralidade do lógos e da voz (do logocentrismo e do fonocentrismo) sobre o pensamento ocidental.  Por outro, a partir de sua ambiguidade, vemos que a escrita é de suma importância para o pensar, apresentando-se enquanto suplemento do lógos. Assim, a partir dos argumentos de Derrida em A Farmácia de Platão e da compreensão de seus quase-conceitos; rastro (trace) e différance, pretendemos indicar como a escrita, a escritura e a Arqui-escritura se apresentam como condição do desenvolvimento do pensamento e, por isso, como condição própria da filosofia.

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Biografia do Autor

Eduardo Lucas Alves Rodrigues, Universidade Federal de Minas Gerais

Bacharel em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Mestre em Filosofia (UFMG) com ênfase em Filosofia Grega e Literatura Clássica. Atualmente é Doutorando (UFMG), dedicando-se ao estudo da meta-filosofia de Alain Badiou. Dedica-se aos estudos da história da filosofia grega antiga e da filosofia francesa contemporânea, principalmente em Alain Badiou e em Simone Weil, além de possuir um profundo estudo na literatura grega arcaica (especificamente em Homero). É também um atento leitor e estudioso da filsofia política de Hannha Arendt e das novas filosofias especulativas contemporâneas.

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Publicado

2025-08-19

Como Citar

Rodrigues, E. L. A. (2025). A escrita como condição da filosofia no pensamento de Derrida. Aufklärung: Journal of Philosophy, 12(2), p.143–154. https://doi.org/10.18012/arf.v12i2.72896

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