Afetos, sexualidades e ressignificações na(s) África(s) e no(s) Brasil(is): corpos queer of colour
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1887-8214.2025v39n1.72676Palavras-chave:
Afetos, Sexualidades, África/Brasil, Tradição/modernidade, RessignificaçõesResumo
Considerando as complexidades nas formas de vida do continente africano, esse estudo tem por finalidade refletir a respeito das diferentes formas de afetos e sexualidades ressignificadas em alguns desses territórios, bem como suas tradições e modernidade, relações entre os gêneros e performances. A partir de pressupostos teórico-metodológicos, este trabalho pauta-se pela revisão de literatura focando estudos africanos que trazem perspectivas da modernidade em meio a violências de gênero e as ideias de harmonia entre os sexos, sexualidades e afetos, recorrendo a revisão bibliográfica específica e fazendo um contraponto com reflexões do Brasil. Nesse contexto, a poligamia, o casamento, o matriarcado e o papel de gênero são tomados como fenômenos que convivem com a negação das sexualidades homoafetivas e de como estas são invisibilizadas. Nos resultados: “na África não tem destas coisas!”, são vozes que proclamam a heteronormatividade como única possibilidade da relação de afetos no continente, ressignificando a tradição no trato com sexualidades e afetos em territórios africanos. É possível definir o continente africano como desprovido de (homo)sexualidades? É possível estabelecer homogeneidades em suas diferentes culturas e povos?

