Da “Goddess Religion” ao “Divine Feminine”: o florescimento da espiritualidade feminina a partir da contracultura norte-americana
the blooming of feminine spirituality from the North American counterculture
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1887-8214.2025v39n1.72960Palavras-chave:
Religião da Deusa, Sagrado Feminino, Espiritualidade FemininaResumo
Este artigo busca investigar a transformação histórica da “Goddess Religion” em direção ao “Divine Feminine” ao acompanhar a metamorfose da espiritualidade feminina a partir da segunda metade do século XX. Para construir essa trajetória histórica a partir da pesquisa bibliográfica, foi essencial compreender a gênese da Goddess Religion no contexto da contracultura dos anos 1960 e identificar seus fundamentos e críticas ao longo das décadas seguintes. Nesta empreitada, foram apresentadas influências de movimentos sociais, filosóficos e espirituais, como o Romantismo (Marques, 2023; Capellari, 2007), o fenômeno da “orientalização do Ocidente” (Campbell, 1997), o neopaganismo (Valle, 2020), e a Nova Era (Sousa, 2022), além de elementos ligados às pautas feministas da mesma época (Barros, 2017). O estudo também dialoga com diferentes perspectivas teóricas sobre a Goddess Religion a partir de Stone (2022) e Ruether (2005), ampliando os debates sobre esta temática, além de identificar como esta vertente religiosa preparou o terreno para o Divine Feminine, cuja caracterização foi explorada também por meio de fontes digitais que permitiram uma maior compreensão de seu contexto e significados. Esta jornada busca expandir o conhecimento acadêmico sobre o tema, além de oferecer subsídios para debates sobre movimentos contemporâneos ligados a gênero e espiritualidade.

