A MORTE NO ESPIRITISMO: uma análise simbólica da transformação e continuidade da existência
DOI:
https://doi.org/10.46906/caos.n34.72583.p153-171Palavras-chave:
espiritismo, morte simbólica, antropologia simbólica, codificação kardecista.Resumo
O presente artigo propõe-se a discutir como a morte no espiritismo pode ser analisada a partir da teoria da antropologia simbólica. Dessa forma, tem por objeto as noções apresentadas na codificação kardecista, referindo-se, nesse caso, ao espiritismo francês, substanciais no entendimento do ser, da vida e da morte. A metodologia escolhida foi uma análise bibliográfica e crítica de caráter qualitativo dos conceitos de espírito, matéria, perispírito, encarnação e desencarnação, principalmente. A pesquisa identificou que o espiritismo ressignifica os conceitos de morte não como um fim último do ser, mas como passagem cíclica e parte da vida humana. Assim, morte e vida tornam-se processos significativos inerentes, cujos símbolos espíritas podem ser construídos a partir, principalmente, dessa ótica.
Downloads
Métricas
Referências
ALMEIDA, Angélica Aparecida Silva de; GOMES, Adriana; PIMENTEL, Marcelo Gulão. Um panorama histórico da trajetória do espiritismo da França até o Brasil. Interações, Belo Horizonte, v. 17, n. 2, p. 1-30, 2022. Disponível em: https://www.redalyc.org/journal/3130/313072811004/313072811004.pdf. Acesso em 03 dez, 2024.
ARRIBAS, C. da G. O caráter religioso do espiritismo. Revista Fragmentos de Cultura - Revista Interdisciplinar de Ciências Humanas, Goiânia, Brasil, v. 23, n. 1, p. 3–16, 2013. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/fragmentos/article/view/2709. Acesso em: 31 mar. 2025.
CAVALCANTI, Maria Laura Viveiros de Castro. Vida e morte no espiritismo kardecista. Religião & Sociedade, Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, p. 11-27, 2005. Disponível em: https://religiaoesociedade.org.br/revistas/v-24-no-02. Acesso em: 03 dez. 2024.
CAVALCANTI, Maria Laura Viveiros de Castro. O que é o espiritismo: segunda visão. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985.
COSTA, Paulo Segundo da. Campo santo: resumo histórico. 3. ed. Salvador: Contexto & Arte, 2011.
COSTA, Maria de Lourdes Pereira. A morte: evolução e desafios da finitude. NEARCO-Revista Eletrônica de Antiguidade e Medievo, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 104-116, 2008. Disponível em: http://neauerj.com/Nearco/arquivos/numero1/completa.pdf#page=101. Acesso em 03 dez, 2024.
DENIS, Léon. O problema do ser, do destino e da dor. 16. ed. [S. l.: s. n.], 1991.
DOUGLAS, Mary. Pureza e perigo: ensaio sobre a noção de poluição e tabu. Lisboa: Edições 70, 1991.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
GIUMBELLI, Emerson. O cuidado dos mortos: uma história da condenação e legitimação do espiritismo. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1997.
GONÇALVES, Iracilda Cavalcante de Freitas. Na discursividade de Nosso Lar: as verdades do espiritismo. 2011. Tese (Doutorado em Letras) — Programa de Pós-graduação em Letras, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2011. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/tede/6176/1/arquivototal.pdf. Acesso em: 03 dez, 2024.
KARDEC, Allan. A gênese. 53. ed. Brasília: FEB, 2019a.
KARDEC, Allan. O livro dos médiuns, ou, guia dos médiuns e dos evocadores: espiritismo experimental. Brasília: FEB, 2019b.
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. 156. ed. Araras, SP: IDE, 2005.
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Catanduva, SP: Boa Nova Editora, 2004.
KARDEC, Allan. O céu e o inferno (ou a justiça divina) segundo o espiritismo. 25. ed. Araras, SP: IDE, 2001.
GYATSO, Geshe Kelsang. Oito passos para a felicidade: a maneira budista de amar. São Paulo: Tharpa Brasil; Centro Budista Mahabodhi, 2007.
PEREIRA, Valentina da Silva Dias; PEREIRA, Antonio Renaldo Gomes. O comportamento ritual diante da morte em comunidades tradicionais do sertão baiano. Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v. 16, n. 5, p. 3032-3050, 2023. Disponível em: https://ojs.revistacontribuciones.com/ojs/index.php/clcs/article/view/762/484. Acesso em: 14 maio 2025.
PRESOTI, Vitor Cesar. O espiritismo no Brasil: breve leitura da entrada e difusão da doutrina no país. In: SIMPÓSIO NACIONAL DA ABHR; SIMPÓSIO NACIONAL DE ESTUDOS DA RELIGIÃO DA UEG, 17; 2., 2021, Morrinhos, GO. Anais [...], online, 2021. p. 447-459. Disponível em: https://revistaplura.emnuvens.com.br/anais/article/view/2108. Acesso em: 3 dez. 2024.
RIBEIRO, Thiago Henrique Pereira. Concepções egípcias acerca da morte: uma releitura sobre a questão da alma no Egito antigo. Fato & Versões-Revista de História, Coxim, MS, v. 6, n. 12, p. 1-20, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufms.br/index.php/fatver/article/view/1293. Acesso em: 03 dez. 2024.
ROCHA, Juliana Brandes da. A desconstrução da morte: uma análise da visão espírita. 2012. Dissertação (Mestrado em Sociologia) — Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Estudos Sociais e Políticos, Rio de Janeiro, 2012.
STOLL, Sandra Jacqueline. Religião, ciência ou auto-ajuda? Trajetos do Espiritismo no Brasil. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 45, n. 2, p. 359-370, 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ra/a/HtfFWc98NLk6mvVgkLsZ8kK/. Acesso em: 3 maio 2025.
TURNER, Victor. Floresta de símbolos: aspectos do ritual Ndembu. Niterói: EdUFF, 2005.
TURNER, Victor. Dramas sociais e metáforas rituais. São Paulo: Edições Vozes, 1974.
VALERA, Lucio. Morte no hinduísmo: transmigração e libertação. Religare, João Pessoa, v. 9, n. 2, p. 195-204, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/religare/article/view/15877/9088. Acesso em: 3 maio 2025.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Juliana Maria Teixeira da Conceição, Valentina da Silva Dias Pereira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A Caos é regida por uma Licença da Creative Commons (CC): CC BY-NC 4.0, aplicada a revistas eletrônicas, com a qual os autores declaram concordar ao fazer a submissão. Os autores retêm os direitos autorais e os de publicação completos.
Segundo essa licença, os autores são os detentores dos direitos autorais (copyright) de seus textos, e concedem direitos de uso para outros, podendo qualquer usuário copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato, remixar, transformar e criar a partir do material, ou usá-lo de qualquer outro propósito lícito, observando os seguintes termos: (a) atribuição – o usuário deve atribuir o devido crédito, fornecer um link para a licença, e indicar se foram feitas alterações. Os usos podem ocorrer de qualquer forma razoável, mas não de uma forma que sugira haver o apoio ou aprovação do licenciante; (b) NãoComercial – o material não pode ser usado para fins comerciais; (c) sem restrições adicionais – os usuários não podem aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Recomendamos aos autores que, antes de submeterem os manuscritos, acessem os termos completos da licença (clique aqui).










