A escuta como prática do jornalismo alinhado ao bem-viver na/sobre Amazônia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2763-9398.2025v24n.73320

Palavras-chave:

Comunicação para o Bem Viver, Jornalismo, Amazônia, Folha de S. Paulo, Amazônia Real

Resumo

Este artigo investiga a abordagem de diferentes modelos jornalísticos sobre eventos climáticos extremos, nesse caso, a seca na Amazônia, intensificada pelo desmatamento e mudanças climáticas (Zogahib et al., 2024). Ao adotar a escuta jornalística como critério analítico, baseado na Comunicação para o Bem-Viver (Baspineiro, 2014), a pesquisa aponta a ausência de vozes amazônidas e um tom alarmista nos textos da Folha de S. Paulo, ligado à mídia comercial, enquanto na mídia alternativa, representada neste estudo pela Amazônia Real, há um acionamento e escuta ativa de indígenas e ribeirinhos, aproximando o jornalismo dos princípios do Bem-Viver. Em vista disso, conceber o jornalismo como prática numa sociedade de risco (Beck, 2010) exige repensar seus métodos de escuta e modos de narrar. Desse modo, argumentamos que o jornalismo alinhado ao Bem- Viver pode contribuir significativamente para a construção de conhecimento e formulação de respostas às crises socioambientais, configurando-se como um elemento central para a descolonização de saberes, mobilização social e mitigação dos impactos sobre as populações vulnerabilizadas.

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Biografia do Autor

Laiza Mangas, Universidade Federal do Pará

Laiza Mangas é doutoranda em Comunicação, Cultura e Amazônia (PPGCom/UFPA), com bolsa Capes, e estuda a relação entre jornalismo, meio ambiente e sociedade a partir do binômio ensino e prática. É mestre pela mesma instituição e integra os grupos de pesquisa Comunicação e Resistência (UFPA/CNPq) e Preserv-ação (UFPA e UFRN/CNPq). 

Rosane Steinbrenner , Universidade Federal do Pará

Professora efetiva (Associada II) da Faculdade de Comunicação (FACOM) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Cultura e Amazônia (PPGCOM) da Universidade Federal do Pará. Possui especialização em Gestão Pública, Planejamento e Meio Ambiente (2004), mestrado em Planejamento do Desenvolvimento (2006), doutorado em Ciências - Desenvolvimento Socioambiental (2011) pelo Programa de Pós-graduação do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos(NAEA), da Universidade Federal do Pará (NAEA/UFPA) e pós-doutorado (2018) pelo Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA - UFPA). Estuda a relação entre comunicação, sociedade e natureza, numa perspectiva pós-colonial/decolonial, em diálogo com a Ecologia Política, a partir da reflexão e análise da resistência comunicativa por grupos e organizações sociais historicamente vulnerabilizados frente ao modelo capitalista e neoextrativo de desenvolvimento. Coordena o Grupo de Pesquisa (certificado no Diretório do CNPq) "Conflitos Socioambientais, Comunicação e Resistências".

Pedro Bragança, Universidade Federal do Pará

Pedro Bragança é doutorando em Comunicação, Cultura e Amazônia (PPGCom/UFPA), com pesquisa sobre mídia e territórios amazônicos. É mestre pelo NAEA/UFPA e integra grupos de pesquisa voltados às relações entre comunicação, meio ambiente e sociedade.

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Publicado

2025-09-24

Como Citar

DE OLIVEIRA MANGAS, Laiza Monik; ALBINO STEINBRENNER, Rosane Maria; PAES LOUREIRO DE BRAGANÇA, Pedro Henryque. A escuta como prática do jornalismo alinhado ao bem-viver na/sobre Amazônia. Culturas Midiáticas, [S. l.], v. 24, 2025. DOI: 10.22478/ufpb.2763-9398.2025v24n.73320. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/cm/article/view/73320. Acesso em: 14 nov. 2025.