Resumo
Estudos que tratam da caracterização dos eventos extremos de chuva são fundamentais para auxiliar no entendimento do comportamento futuro do sistema climático, especialmente em estudos mais específicos/detalhados, como os na escala local. Deste modo, tem-se como objetivo analisar o comportamento dos eventos de chuvas intensas e extremas, no recorte temporal de 1994 a 2022 no município de João Pessoa/PB. Dados diários de chuva foram utilizados para identificar e caracterizar as chuvas intensas e extremas, com base nos Percentis 95 (eventos intensos) e 99 (eventos extremos). Os testes estatísticos de Mann-Kendall, Pettitt e Sen’s Slope foram aplicados nas séries da quantidade de eventos intensos e extremos para avaliar a existência ou não de tendência. Utilizou-se as normais climatológicas do INMET com o objetivo de avaliar se há alguma mudança significativa na chuva para a cidade de João Pessoa-PB durante os últimos 90 anos. Os resultados apontam para uma possível transformação da chuva devido à redução das médias dos acumulados mensais nos meses de março, abril, maio, julho, agosto e setembro. Anos com mais eventos intensos não necessariamente terão mais eventos extremos, e vice-versa. Comumente, anos chuvosos apresentam mais episódios de eventos intensos e extremos, enquanto anos secos têm menos eventos. Foi constatado que há uma maior ocorrência de eventos intensos e extremos no período chuvoso, enquanto que, no período seco, as chuvas diminuem, reduzindo a ocorrência destes eventos.
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Biografia do Autor
Natália Duarte de Sousa, Universidade Federal da Paraíba
Graduada em Engenharia Ambiental, pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Pós-graduanda em Desenvolvimento e Meio Ambiente, modalidade Mestrado, no Prodema (UFPB). É pesquisadora membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Geografia Física e Dinâmicas Socioambientais (GEOFISA/UFPB). Foi bolsista de Iniciação Científica (CNPq), trabalhando com a identificação de eventos extremos de chuva e a dinâmica atmosférica associada no estado da Paraíba. Foi estagiária no Projeto Cooperar do estado da Paraíba, atuando na equipe de Salvaguardas Socioambientais e contribuindo para a aplicação do Projeto PB Rural Sustentável. Participou do Projeto Universal intitulado "Riscos, vulnerabilidades e desastres hidroclimáticos no estado da Paraíba: subsídios ao planejamento e à gestão dos territórios" (Edital Universal MCTIC/CNPq 2018). Foi monitora bolsista da componente curricular obrigatória de Fundamentos de Climatologia, pelo Departamento de Geociências (DGEOC). Atuou como voluntária em projeto de extensão ligado à gestão de conflitos socioambientais na Unidade de Conservação FLONA Restinga de Cabedelo. Tem interesse nas temáticas: Climatologia regional; Eventos climáticos extremos; Riscos, vulnerabilidades e desastres ambientais; e Gestão ambiental.
Daisy Beserra Lucena, Universidade Federal da Paraíba
Doutora, mestre e bacharel em Meteorologia pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Professora associada do Departamento de Geociências (DGEOC) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campus I, João Pessoa, ministrando disciplinas para os cursos de Geografia e Engenharia Ambiental. Professora credenciada no Programa de Pós-Graduação em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba. Vice líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Geografia Física e Dinâmicas Socioambientais (GEOFISA) - UFPB, e membro do Laboratório de Climatologia Geográfica (CLIMAGEO) do DGEOC/UFPB. Desenvolve pesquisas, principalmente, nas temáticas: Interação oceano/atmosfera; Climatologia regional; Climatologia do Semiárido Brasileiro; Eventos climáticos extremos; e Métodos e técnicas estatísticas em Climatologia.
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