A POLÍTICA TERRITORIAL DAS VIAGENS CIENTÍFICAS LUSO-BRASILEIRAS NOS SERTÕES DA AMÉRICA PORTUGUESA NA CONSTRUÇÃO DA IDEIA DE NATUREZA (1778-1810)

Autores

  • Marcia Maria Costa Gomes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - Campus Campina Grande
  • Bartolomeu Israel Souza Universidade Federal da Paraíba
  • José Otávio Aguiar Universidade Federal de Campina Grande

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-3878.2025v19n1.70654

Resumo

O objetivo deste artigo envereda-se pela história da construção da ideia de Natureza no século XVIII ao sabor da política territorial das viagens científicas luso-brasileiras, implementadas pela metrópole lusitana na América portuguesa. Nesse sentido, pressupomos, que a ideia de Natureza esteve forjada pela territorialidade das viagens científicas luso-brasileiras. Logo, levantamos as seguintes questões:  Que objeto material poderemos extrair a ideia de Natureza pela política territorial das viagens científicas luso-brasileiras? Será que a ideia de Natureza era ratificada pela política territorial das viagens científicas luso-brasileiras? Esses questionamentos, guiaram nossa metodologia por meio de pesquisa documental e bibliográfica e no decorrer de nosso processo investigativo, selecionamos dois tipos de fontes impressas: Os dicionários portugueses do século XVIII e as cartas oficiais da Secretaria de Estado da Marinha e Domínios Ultramarino.  Da análise bibliográfica e documental, vimos, que todos os termos descritos nas cartas administrativas, sobretudo às de Rodrigo de Souza Coutinho, evidenciam uma ideia de Natureza estruturada pela política de mando da Secretaria de Estado Ultramarino e ratificada pelos naturalistas viajantes. Assim, a ideia de Natureza da América portuguesa era vista como objeto exploratório e utilitário com fins econômicos, apoiada pela ciência, sobretudo pelos estatutos da História Natural produzida na Universidade de Coimbra e na Academia Real de Lisboa, que tinham acentuada dependência do poder central.

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Biografia do Autor

Marcia Maria Costa Gomes, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - Campus Campina Grande

Doutorado em Geografia na área de Território, Trabalho e Ambiente pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia/UFPB, 2021. Mestrado em Geografia Urbana pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia/UFPB, 2006. Graduação em Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Estadual da Paraíba,1996. Especialização na área de Turismo pela Escola Técnica Federal da Paraíba, 1999. Especialização em Análise Ambiental no Ensino de Geografia pela Universidade Estadual da Paraíba, 2000. Foi professora substituta do Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba- Campus Campina Grande (2007-2009) e na Universidade Estadual da Paraíba - Campus Guarabira (2007-2009). Atuação como professora efetiva no Instituto Federal do Amazonas (2009). Atualmente é professora efetiva, Dedicação Exclusiva, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - Campus/Campina Grande. Tem formação e experiência na docência em nível do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Superior. No IFPB/Campus Campina Grande, atuou em gestão administrativa na Coordenação de Pesquisa e Extensão entre 2011-2015 e na Assessora no Centro de Referência em Educação Profissional e Tecnológica de Areia entre Junho de 2016 a março de 2017. Atuou em organização de eventos pedagógicos/acadêmicos. Desenvolve pesquisas de Iniciação Científica na área geografia histórica com temática ambiental/urbana e em projetos de Extensão com temática ambiental/agroecológica/urbana e rural. Participou do Editorial da Revista Praxis e na avaliação de projetos de Iniciação científica e em projetos de extensão.

Bartolomeu Israel Souza, Universidade Federal da Paraíba

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba (1995), Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Paraíba (1999), Doutorado em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2008) e Pós-doutorado em Biogeografia pela Universidad de Sevilla - Espanha (2013 e 2021). É professor associado da Universidade Federal da Paraíba, estando lotado no Departamento de Geociências. É pesquisador do CNPq. Leciona nos cursos de graduação em Geografia, Biologia e Engenharia Ambiental e na pós-graduação (Mestrado e Doutorado) em Geografia e Programa Regional de Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA)/UFPB. Tem experiência na área de Geografia Física e Meio Ambiente, atuando principalmente nos seguintes temas: desertificação, manejo dos solos, relação planta x microclima x solo e Biogeografia de caatinga.

José Otávio Aguiar, Universidade Federal de Campina Grande

Autor e co-autor em diversos livros e artigos, entre os quais se inclui a biografia publicada de um oficial napoleônico no Brasil, o francês Guido Thomaz Marlière (1767-1836), José Otávio Aguiar é mineiro de Ubá. Possui graduação em História pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1999) e Doutorado em História e Culturas Políticas pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003). Realizou pesquisa de Pós-Doutoramento no Programa de Pós em História da Universidade Federal de Pernambuco entre 2009 e 2010, estudando a obra botânica do naturalista paraibano Manuel Arruda da Câmara (1752-1811). Atualmente é Professor Efetivo, Titular, com regime de Dedicação Exclusiva da Universidade Federal de Campina Grande/PB, onde leciona na Graduação, bem como nos Programas de Pós-Graduação em História (Mestrado) e em Recursos Naturais (Mestrado e Doutorado Interdisciplinares). Acumula experiência de pesquisa e publicação nas áreas de História Ambiental, História da Biologia, Etnobiologia e História Indígena, História do Brasil Império, História do Brasil Colônia, História do Brasil Contemporâneo e história das recepções culturais religiosas e marciais japonesas e chinesas no Brasil. Foi Bolsista de Produtividade e Pesquisador do CNPQ nível 2, entre os anos de vigência de 2012 e 2015. Entre agosto de 2015 e junho de 2016 foi pesquisador e bolsista de Pós-Doutoramento da CAPES, num convênio PROCAD entre a PUC de São Paulo, a UFCG e a Federal do Amazonas, estudando história ambiental, movimentos sociais e ambientalistas, mundos do trabalho e verticalizações urbanas https://www.histprocad.pro.br/pesquisadores/. Compôs e compõe diversos conselhos editoriais, como o da Revista História Hoje, da ANPUH. É vice-editor da Revista Minemosine e membro do Conselho Consultivo Nacional da Revista História, da Unesp de Assis - SP. Entre abril de 2017 e julho do mesmo ano, coordenou, interinamente, o Programa de Pós Graduação em Recursos Naturais da UFCG (Mestrado e Doutorado) situado na área de Ciências Ambientais. É pesquisador do projeto histórico-documental de âmbito nacional, Catálogo Geral de Documentos de História Indígena e Escravidão Negra no Brasil financiado pelo Edital da Petrobrás Cultural. Coordena, juntamente com a professora Juciene Ricarte Apolinário, o Grupo de Estudos em História, Meio Ambiente e Questões Étnicas registrado no CNPQ desde 2006. Como Pesquisador e membro do Colegiado do Programa de Pós-graduação em História, assinou, em 2017, um acordo de colaboração interinstitucional entre a UFCG e o Centro de História d Aquém e d Além-Mar (CHAM) Universidade Nova de Lisboa, PT, e também, com a Universidade Pablo de Olavide, em Sevilha, Espanha. Entre janeiro de 2020 e maio de 2023 coordenou o Programa de Pós-Graduação em História da UFCG. Entre março de 2020 e março de 2023 foi Bolsista de Produtividade do CNPQ, nivel II, Grande Área de Ciências Ambientais, subárea de História do Brasil. Administrador das redes sociais do grupo de pesquisa História, Meio Ambiente E Questões Étnicas: https://www.instagram.com/gphistoriameioambiente/ - https://www.facebook.com/profile.php?id=100092637836683

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Publicado

2025-07-25

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Artigos