EDUCAÇÃO NO/DO CAMPO E ENSINO DE GEOGRAFIA: IDENTIDADE TERRITORIAL A PARTIR DAS REPRESENTAÇÕES DOS ESPAÇOS VIVIDOS NA ESCOLA DO ASSENTAMENTO TIRADENTES – MARI/PB

Autores

  • Lenira Lins da Silva Universidade Federal da Paraíba
  • Amanda Christinne Nascimento Marques

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-3878.2025v19n1.70964

Resumo

As escolas do campo são espaços coletivos onde os povos campesinos constroem seus fazeres e saberes. Desse modo, a educação no/do campo, no cenário atual, torna-se fundamental na valorização da identidade camponesa, enquanto resultado da territorialidade desses sujeitos no campo das políticas públicas educacionais. Analisamos, neste artigo as formas de representação dos espaços vividos desenvolvidas no ensino de Geografia na escola Tiradentes, em Mari–PB. O presente estudo parte de uma perspectiva dialética e fenomenológica, permitindo adentrar nos aspectos materiais e simbólicos nesse território. Recorremos aos pressupostos teóricos de autores como: Raffestin (1993), Haesbaert (2007), Arroyo (2013), Pontuschka, Paganelli e Cacete (2009), Callai (2005) e Gomes (2017). Utilizamos a pesquisa bibliográfica e de campo como procedimentos metodológicos. Esta última permitiu a realização de entrevistas e oficinas voltadas à produção de mapas mentais. Os resultados revelam que a concepção de educação no/do campo na escola analisada está em construção. Evidenciamos também que a Geografia enquanto um saber científico e escolar abre possibilidades de refletirmos a dimensão do vivido a partir das técnicas da Cartografia Social. Consideramos que os mapas mentais produzidos pelos alunos do 8° e 9° anos proporcionaram questionamentos e trocas de saberes, sendo evidenciada a necessidade de um ensino contextualizado com a realidade local com vistas a pensar as identidades territoriais, a luta e a resistência que originou o seu território e a escola.

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Publicado

2025-07-25

Edição

Seção

Artigos