REALIDADE NATURAL E RACIONALIDADE CIENTÍFICA:

AS CRÍTICAS DE ALAN NELSON AO SOCIOCONSTRUTIVISMO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v16i3.72757

Palavras-chave:

Alan Nelson, construção de fatos científicos, socioconstrutivismo.

Resumo

Em “How Could Scientific Facts be Socially Constructed?”, Alan Nelson apresenta duas considerações críticas contra o socioconstrutivismo: i) a constituição de crenças científicas é explicada pelos socioconstrutivistas em termos de acordos entre os cientistas, e deixa-se de lado, para essa explicação, a realidade natural; ii) não haveria padrões universais de racionalidade para explicar as decisões tomadas pela comunidade científica. A primeira seção deste artigo reconstrói a argumentação de Nelson para sustentar suas duas considerações críticas. A segunda seção e a terceira seções avaliam a argumentação de Nelson a partir da ideia de que, se é verdade que a realidade natural precisa ser levada em consideração para explicar as crenças dos cientistas, também é verdade que a aproximação com tal realidade é mais complexa do que a sugerida por Nelson. Na conclusão se discute o argumento de Nelson contra o socioconstrutivismo baseado na concepção de que esta escola se apoiaria em inferências contrafactuais; a ideia é a de que o ponto levantado por Nelson não possui relevância enquanto uma caracterização da doutrina socioconstrutivista e sequer importa para a discussão. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcos Rodrigues da Silva

Doutor em Filosofia (USP). Professor do Departamento de Filosofia da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Gabriel Chiarotti Sardi, Universidade de São Paulo (USP).

Doutorando em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP) e bolsista CAPES.

Referências

BLOOR, D. Knowledge and social imagery. University of Chicago Press, 1976.

COLLINS, H. M. Changing Order. Londres: SAGE Publications, 1985.

JUDSON, H. The eight day of creation. London: Jonathan Cape, 1979.

KAY, L. The Molecular Vision of Life. Oxford: Oxford University Press, 1993.

LAUDAN, L. Progress and its problems: Towards a theory of scientific growth. Berkeley: University of California Press, 1977.

NELSON, A. How could scientific facts be socially constructed?: Introduction: The dispute between constructivists and rationalists. Studies in History and Philosophy of Science Part A, v. 25, n. 4, p. 535-547, 1994.

PICKERING, A. Constructing quarks: A sociological history of particle physics. University of Chicago Press, 1984.

PICKERING, A. Openness and Closure: On the Goals of Scientific Practice. In: Experimental Inquiries. Org. Le Grand, H. Dordrecht: Kluwer, 1990.

RHEINBERGER, H. A Short History of Molecular Biology, 2011. Disponível em: <https://www.eolss.net/Sample-Chapters/C05/E6-89-06-00.pdf>, Acesso em: 22/10/2024 – 12h47min.

SHAPPIN, S.; SCHAFFER, S. Leviathan and the Air-Pump. Princeton: Princeton University Press, 1985.

SMITH, B. H. Crença e Resistência. São Paulo: Unesp, 2002.

WATSON, J.; CRICK, F. Genetical Implications of the Structure of Deoxyribose Acid. Nature, n. 171, v. 4356, p. 964-967, 1953b.

WATSON, J.; CRICK, F. Molecular structure of nucleic acids: a structure for deoxyribose nucleic acid. Nature, v. 171, n. 4356, p. 737-738, 1953a.

Downloads

Publicado

31-08-2025

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.