ALEGRIA COMO REFLEXÃO FILOSÓFICA:

PERSPECTIVAS DE NIETZSCHE E ROSSET

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v16i3.72822

Palavras-chave:

Nietzsche, Fisiopsicológico, Alegria, Leitura

Resumo

Esta pesquisa pretende expor uma releitura da perspectiva filosófica de Friedrich Nietzsche (1844-1900), no que tange à compreensão de alegria como elixir da vida, bem como argumentar em favor desse corolário teórico no sentido de evidenciar um prisma nietzschiano fisiopsicológico. Para tanto, utilizaremos como principal intérprete Clément Rosset (1939-2018) e sua obra Alegria: a força maior (2000), posto que se apresente como principal teórico a se debruçar sobre o tema da alegria em Nietzsche e um dos principais da Filosofia como um todo. Sob a esteira do pensamento nietzschiano, optamos como caminho conceitual tratar desta relação de modo mais pontual, especialmente acerca da ótica desenvolvida pelo autor em sua obra Gaia ciência (1882). A alegria se configura como tema de profundo enraizamento no pensamento nietzschiano, visto que aparece com regularidade e paulatina evolução no seio da produção do autor de Zaratustra, fomenta e se coaduna com outros elementos-chave de seu pensamento como o trágico, o amor-fati e a vontade de potência. Este trabalho almeja evidenciar como a leitura nietzschiana sob determinado crivo dá vazão à uma filosofia alegre, evidencia aspectos como o corpo e a vida, fulcrais na construção filosófica do pensador alemão. Nessa senda teórica que propomos como artigo, visamos estruturar uma fisiologia da alegria que se propõe existir no entremeio da filosofia nietzschiana e ainda não foi devidamente explanada. 

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Biografia do Autor

Francisco de Assis Silva Neto, Universidade Federal do Piauí

Graduado em Filosofia (UESPI), Especialista em Filosofia e Filosofia Contemporânea (FACUMINAS) e Mestre em Filosofia (UFPI). Professor temporário da Secretaria Estadual de Educação do Piauí (SEDUC-PI), professor convidado do Instituto Dexter.

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Publicado

31-08-2025

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