PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DA AGRICULTURA SINTRÓPICA PARA A COMPREENSÃO DA VIDA
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v16i3.72947Palavras-chave:
Agricultura Sintrópica, Ecologia, Filosofia, Amor Incondicional, ComplexidadeResumo
O planeta Terra passa por diversas crises, sendo a climática hoje considerada a mais grave, em função de diversos efeitos possíveis, como migrações humanas de grandes proporções, inundações, desertificação, entre outros. Pesquisadores tentam entender a realidade que se circunscreve e apontar respostas. A filosofia é também convocada a fazer o mesmo esforço, oferecendo uma visão mais crítica, complexa e abrangente, em diálogo com outras áreas do conhecimento. No presente texto, apresentamos os princípios filosóficos da Agricultura Sintrópica desenvolvida pelo agricultor e pesquisador Ernst Götsch. Baseado nas práticas ancestrais dos povos ameríndios brasileiros e de outras nacionalidades, Götsch sistematizou uma agricultura florestal que tem no “prazer interno” ou “amor incondicional” a força motriz que impulsiona a formação de florestas como o mecanismo de produção de vida, que também lhe permite formar sistemas produtivos biodiversos de grande desempenho. Em diálogo com o pensamento de Götsch são desenvolvidos conceitos de Immanuel Kant, Benedictus de Spinoza, Edgar Morin, Humberto Maturana, Francisco Varela e Fritjof Capra. Este estudo filosófico permite a compreensão do que significa a vida como mecanismo de existência da biosfera do planeta Terra, que devido a sua capacidade de se autorregular, reatualiza o conceito de Gaia.
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