PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DA AGRICULTURA SINTRÓPICA PARA A COMPREENSÃO DA VIDA

Autores

  • Airton Luna Pesquisador aposentado do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) https://orcid.org/0009-0008-9176-3762
  • Silmara Marton Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v16i3.72947

Palavras-chave:

Agricultura Sintrópica, Ecologia, Filosofia, Amor Incondicional, Complexidade

Resumo

O planeta Terra passa por diversas crises, sendo a climática hoje considerada a mais grave, em função de diversos efeitos possíveis, como migrações humanas de grandes proporções, inundações, desertificação, entre outros. Pesquisadores tentam entender a realidade que se circunscreve e apontar respostas. A filosofia é também convocada a fazer o mesmo esforço, oferecendo uma visão mais crítica, complexa e abrangente, em diálogo com outras áreas do conhecimento. No presente texto, apresentamos os princípios filosóficos da Agricultura Sintrópica desenvolvida pelo agricultor e pesquisador Ernst Götsch. Baseado nas práticas ancestrais dos povos ameríndios brasileiros e de outras nacionalidades, Götsch sistematizou uma agricultura florestal que tem no “prazer interno” ou “amor incondicional” a força motriz que impulsiona a formação de florestas como o mecanismo de produção de vida, que também lhe permite formar sistemas produtivos biodiversos de grande desempenho. Em diálogo com o pensamento de Götsch são desenvolvidos conceitos de Immanuel Kant, Benedictus de Spinoza, Edgar Morin, Humberto Maturana, Francisco Varela e Fritjof Capra. Este estudo filosófico permite a compreensão do que significa a vida como mecanismo de existência da biosfera do planeta Terra, que devido a sua capacidade de se autorregular, reatualiza o conceito de Gaia. 

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Biografia do Autor

Airton Luna, Pesquisador aposentado do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI)

Agroflorestor com formação pelo Centro de Pesquisa em Agricultura Sintrópica (CEPEAS). Pesquisador aposentado em propriedade industrial do Instituto Nacional da Propriedade Industrial com experiência em exame e disseminação de patentes nas áreas de polímeros.Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco (1997), mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2000) e doutorado em Engenharia Química pela Universidade de São Paulo (2005). Tem experiência em indústria petroquímica (COPERBO-PE), industria de bebidas (ANTARCTICA) e agroquímica (AGROQUÍMICA DO BRASIL). Tem especial interesse em tratamentos e aproveitamento de rejeitos, atuando principalmente no campo dos processos de oxidação avançados para a degradação de compostos químicos de difícil degradação biológica como o fenol, 2,4-diclorofenol e 2,4-D.

Silmara Marton, Universidade Federal Fluminense

Pós-Doutorado em Filosofia da Educação; Professora Associada da Universidade Federal Fluminense (UFF).

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Publicado

31-08-2025

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