A EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO POPULAR FREIREANA
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2526-0839.2024v9n1/2.74552Resumo
Este artigo explora a integração da Educação Financeira na Educação de Jovens e Adultos (EJA) sob a perspectiva freireana, destacando a importância de uma abordagem crítica e contextualizada. Baseado nas obras de Paulo Freire, como Pedagogia do Oprimido (1987) e Pedagogia da Autonomia (1996), o estudo defende que a educação financeira deve ultrapassar a mera transmissão de técnicas, promovendo conscientização sobre desigualdades estruturais e empoderamento econômico. A metodologia qualitativa, fundamentada em temas geradores como endividamento e acesso ao crédito, revela como a dialogicidade e a problematização podem transformar o conhecimento em ferramenta de libertação. Conclui-se que a Educação Financeira crítica na EJA, ao articular teoria e prática, fortalece a autonomia e a participação cidadã, contribuindo para uma sociedade mais justa.
Palavras-chave: Educação Financeira. EJA. Paulo Freire. Conscientização. Desigualdade Econômica.
Downloads
Referências
BNCC. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
BRASIL. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Programa Nacional do Livro e do Material Didático – PNLD: Educação de Jovens e Adultos – PNLD EJA 2021. Brasília: MEC/FNDE, 2021.
BRASIL. Comitê Nacional de Educação Financeira. Estratégia Nacional de Educação Financeira. Brasília, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/educacaofinanceira. Acesso em: 28 jun. 2025.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2020.
ENEF – Estratégia Nacional de Educação Financeira. Relatório de Atividades da ENEF. Brasília: Comitê Nacional de Educação Financeira, 2022.
FEDERICI, Silvia. O patriarcado do salário: notas sobre Marx, gênero e feminismo. São Paulo: Boitempo, 2021.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. São Paulo: Paz e Terra, 2009.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1968.
FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 60. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
FREIRE, Paulo. Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Rio de Janeiro, 2023. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 28 jun. 2025.
IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Retrato das desigualdades de gênero e raça. Brasília, 2023. Disponível em: http://www.ipea.gov.br. Acesso em: 28 jun. 2025.
LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
OCDE. Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Promoting financial education: trends, policy and practice. Paris: OECD Publishing, 2012.
SANTOS, Boaventura de Sousa. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
SEMEC. Secretaria Municipal de Educação de João Pessoa. Projeto Finanças no Cotidiano. João Pessoa, 2022.
SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
SOUZA, Jessé. A elite do atraso: da escravidão à Lava Jato. Rio de Janeiro: Leya, 2019.




