A arte feminina de Käthe Kollwitz

Resumo

Este artigo visa apresentar a artista plástica alemã, Käthe Kollwitz (1867-1945). Veremos que, apesar de contemporânea de movimentos artísticos como o Cavaleiro Azul e a Ponte, e tendo trabalhado com vários integrantes destes, ela não figura na lista de nenhum movimento e tampouco é lembrada por historiadores da arte. Observaremos, brevemente, sua biografia e algumas obras, a fim de compreender sua interessante atuação como artista que não se deixa rotular por qualquer ismo; neste sentido, ressaltaremos sua produção feminina e não feminista. Notaremos seu ativismo social e político, sem, no entanto, filiar-se a um partido, mantendo-se independente para criar seu trabalho de forma livre. Por fim, veremos o respeito e a influência mútuos entre ela e Ernst Barlach (1870–1938), bem como a admiração que a artista brasileira, Fayga Ostrower (1920-2001), teve por ela. Nossa pesquisa baseou-se em visita in loco ao Museu Käthe Kollwitz em Colônia, Alemanha, e em bibliografia especializada. Constatamos assim que sua produção partiu, de fato, de um olhar feminino sobre a sociedade e verificamos sua intenção de não clamar por levante ou revolta, mas de provocar uma conscientização crítica da guerra, da fome e da solidão.