Miss e mister indígena de Dourados:
ritual híbrido de disputa simbólica
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-6605.2025v22n1.74171Resumo
O artigo analisa o concurso Miss e Mister Indígena de Dourados como um ritual
híbrido que articula disputas simbólicas em torno de pertencimento, identidade e
representação indígena. Através de uma abordagem teórico-etnográfica, discute-se como
o evento, longe de ser mera apropriação cultural, constitui um espaço performativo onde
tradições e signos coloniais são ressignificados. Com base em autores como Mauss,
Bhabha, Latour e Butler, Segatto e Beldi de Alcântara demonstram que os corpos
indígenas no palco não apenas representam, mas enunciam, tensionando estruturas de
poder e visibilidade. O texto destaca a natureza ambígua do evento — simultaneamente
espaço de celebração, conflito e reinvenção política e, portanto, de pertencimento — e
propõe que a performance/vivências identitárias devem ser compreendidas como práticas
contínuas e não apenas episódicas.
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