O ATO DE LER NAS JORNADAS DE PERSONAGENS DE FICÇÃO
UMA ANÁLISE DE FRANKENSTEIN E POBRES CRIATURAS
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2764-4251.2025.n1.74225Palavras-chave:
Frankenstein, Pobres Criaturas, leitura, processos de subjetividadeResumo
Este trabalho apresenta um estudo comparativo entre duas obras de arte: Frankenstein: ou o Prometeu Moderno, de Mary Shelley (1818) e o filme Pobres Criaturas (2023), de Yorgos Lanthimos (2023). A análise irá se debruçar nos processos de subjetividade dos protagonistas e seus encontros com a leitura, mostrando como esse encontro será decisivo para a jornada do protagonista e da heroína nas respectivas histórias. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo apresentar o ato de ler como uma potente experiência subjetivadora, partindo das análises dos personagens e do enredo das obras. Também serão discutidos os conceitos de epifania e catarse em cada caso, assim como os efeitos desses recursos no leitor e espectador. O embasamento teórico reúne referências como Guattari e Rolnik (1996), Murdock (2022) e Petit (2009), que possibilitam afirmar a importância do ato de ler nos processos de subjetividade. Desse modo, a leitura se configura como um aspecto influente e decisivo na jornada desses personagens que, ao se tornarem leitores, também convidam o leitor e o espectador a refletir sobre si, a obra e o mundo, possibilitando uma experiência metaliterária e metafilmíca instigante e transformadora a partir do exercício de reflexão sobre as formas de criação artística.
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Referências
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