NAS REDOMAS DE SYLVIA PLATH E ESTHER GREENWOOD
TANATOGRAFIA E DECOMPOSIÇÃO BIOGRÁFICA EM ANÁLISE POLIFÔNICA
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2764-4251.2025.n1.74340Palavras-chave:
Tanatografia;, Suicídio;, A redoma de vidro;, Sylvia Plath;, Freud.Resumo
Este artigo propõe uma aproximação entre Literatura e Psicanálise a partir da análise tanatográfica da obra A Redoma de vidro (1963, 2019), da escritora estadunidense Sylvia Plath. Essa ficção apresenta a decomposição biográfica da personagem Esther e estabelece uma gramática do inconsciente – revelando forças pulsionais e liminares que movimentam: linguagem (romance); autoria (narrativa); e a própria análise (literária). Mobilizando a tanatografia com o arcabouço teórico da psicanálise freudiana (Freud), investigamos a estilização do suicídio enquanto figuração de thanatos e sintoma de autoconsciência narrativa que faculta a autonomia da personagem perante seu desejo suicidário. Ao tensionar a escrita de Plath, enquanto cena e cenário psíquico, no percurso de um ser no tempo e no espaço, reconhecemos a forte relação entre o dizer e o calar, o escrever e o publicar (e ser lida) e a força simbólica que reside na imagem de uma redoma mental e de vidro.
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